O 28º Conjubanorte, realizado no último fim de semana no campus Funorte JK reuniu centenas de jovens batistas do Norte de Minas.
Com o tema central Quem estou seguindo o congresso contou com a participação músicos de renome e preletores do Rio de Janeiro, entre eles, Zilmar Ferreira Freitas, que é bacharel em Teologia, Psicologia, Especialista em Terapia Familiar, Mestre em Psicanálise da Educação e Doutor em Teoria Psicanalítica.
Zilmar mora em Rio das Ostras-RJ, reconhecida como um dos principais destinos do Brasil quer seja pelo meio ambiente, educação, cultura e saúde. Quando está atendendo em sua clínica, no bairro Village em Rio das Ostras, o psicanalista não dispensa o som do estadunidense Kenneth Bruce Gorelick, conhecido como Kenny G.
De dois em dois meses, vem a Montes Claros para ministrar aulas em curso de pós-graduação. É um apaixonado por arroz com pequi, mas não dispense um carré frito (carré é carne de porco frita com couve), além de salada de legumes e confessa que já comeu um pudim de leite condensado inteiro.
- Gosto muito de Montes Claros, vejo muito potencial aqui para jovens e adolescentes. Conversando com as pessoas, percebo o nível intelectual delas. Aqui tem inúmeras faculdades. Acho que está na hora da igreja investir nesse potencial e ter Montes Claros como referência - conta.
Além das palestras e oficinas, a juventude presente, recebeu orientações do de Zilmar, quanto à carreira profissional, compartilhou um pouco da sua experiência como missionário, especificamente sobre os anos em que viveu na África.
A palavra missão significa incumbência, ato de enviar. No entanto, o missionário tem a incumbência de evangelizar o mundo, levar as Boas Novas, colocar o ide em prática. E Zilmar não mediu esforços e seguiu para um dos países mais assolados do planeta.
Vale salientar que não é um trabalho fácil, deparar com outro povo, de costumes totalmente diferentes dos seus.
Brincalhão, ele conta que esteve na África do Sul, Angola, Moçambique, numa viagem inesquecível e que aprendeu muito com os africanos. Mas também passou por momentos difíceis, além de contrair malária cerebral. Hoje no Brasil, curado, ele desenvolve em Rio das Ostras cinco projetos, entre eles, Dependência Química, Mulheres vitimadas de agressão e Crianças de rua.
-Meu sonho é que daqui cinco anos esses projetos estejam solidificados, com apoio do governo, com ensinamentos da Bíblia e conhecimentos científicos para a cura.
Perguntamos a ele sobre a tragédia no Rio de Janeiro, o massacre das crianças em Realengo, que tanto chocou o Brasil e o mundo. E também com relação à família brasileira. Ele diz:
- É algo do dia-a-dia. Não foi um fenômeno isolado. Houve falhas em todas as áreas, da instituição, do governo, da família, da instituição que dava assistência ao rapaz. Isso é complicado de impedir, são muitas a pessoas neuróticas que não sabem conviver com seus problemas. A mídia divulga de maneira indutiva. Foi igual a São Paulo anos atrás, nos Estados Unidos, enfim, tem que melhorar a saúde mental do país. E os pobres são os menos privilegiados.
O desafio maior para o estado, a igreja e as instituições sociais é trabalhar a família. A crise na família tem despertado outras crises. A criança precisa de uma família estruturada. O seu desenvolvimento tem inúmeras falhas devido aos lares desestruturados. A maneira de resolver a incidência de pedofilia, problemas com drogas, crimes infanto-juvenil, o aumento das neuroses entre crianças e jovens, é ter um programa que estruturasse a família. As instituições deveriam ter uma proposta de preparo para o casamento. As pessoas precisam conhecer suas responsabilidades dentro do casamento. Hoje a família transfere isso para a escola.
A família dá estrutura e a escola, o conhecimento. Isso é muito importante, diz.
Durante o congresso os jovens assistiram ao show da banda montes-clarense D´Passagem, Ricardo Vianna e banda - numa performance de tirar o fôlego - e ainda a participação do cantor e compositor Samuel Mizrahy que veio de São Paulo, especialmente para o evento.
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